O escularápio
Um escularápio foi chamado para tratar de
uma rica senhora que sofria de catarata. Sendo, porém,
desonesto, o nosso querido amigo, sempre que ia visitar a rica velha, furtava-lhe um objeto precioso.
Quando acabaram os objetos preciosos, ele começou,
despudoradamente, a levar-lhe também os móveis, um
a um.
Afinal, certo dia, não tendo mais o que roubar,
deixou de visitar a velha. Mas, não contente com isso,
sapecou-lhe em cima uma conta terrível, capaz de abalar mesmo a fortuna do mais rico catarático. A velha
protestou, dizendo que não pagava, e a coisa foi parar
no tribunal. E foi no Tribunal que a velha declarou o
motivo de sua recusa em pagar. Disse: “Não posso pagar a conta do senhor escularápio, doutor médico, porque eu estou com a vista muito pior do que quando ele
começou a me tratar. No início do tratamento eu ainda
via alguma coisa. Mas, agora, não consigo enxergar
nem os móveis lá da sala.”
Moral: A extrema desonestidade acaba visível mesmo
para um cego.
(FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. 12 ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991)
1.(FAEPESUL/2019) Sobre os termos integrantes da oração, analise os
casos sublinhados:
I. “... furtava-lhe um objeto precioso.”
II. “... a levar-lhe também os móveis... .”
III. “... sapecou-lhe em cima uma conta terrível... .”
IV. “... quando ele começou a me tratar.”
No contexto em análise, classifica-se como objeto indireto o termo destacado:
(A) Apenas nas assertivas I, II e III.
(B) Nas assertivas I, II, III e IV.
(C) Apenas nas assertivas I, III e IV.
(D) Apenas na assertiva IV.
(E) Nenhuma das alternativas anteriores.
GABARITO
1 - B
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