01. (VUNESP/2012) Segundo Nilce Sant’Anna Martins (2008), “os estrangeirismos existem por força do relacionamento entre os povos e podem ser empregados, quando a palavra estrangeira parece ser mais motivada que a vernácula.” Modernamente, no mundo globalizado, os estrangeirismos se interpenetram com rapidez e velocidade. Entre nós, eles são muito comuns, por exemplo, em nomes de edifício (New Collection), nas publicações eletrônicas (E-book), na gastronomia (espaço gourmet) nos hábitos (happy hour, after five). Sobre o emprego dos estrangeirismos, é correto afirmar que
(A) comprometem o léxico da língua, mesmo quando eles se tornam verbetes de dicionários e são absorvidos pelos falantes em vários contextos.
(B) compõem o vocabulário de qualquer idioma, mas as palavras da língua materna expressam com mais eficácia e propriedade os sentimentos genuínos do falante.
(C) indicam exibicionismo cultural da parte do falante, pois a língua, sendo um instrumento de ascensão social, confere-lhe poder entre seus interlocutores.
(D) devem ser assimilados, criteriosamente, pois eles corrompem a pureza e a índole da língua materna, expressão da identidade de um povo.
(E) incrementam o intercâmbio linguístico, mas seu uso é válido, se a língua materna não dispuser de termo próprio para expressar as ideias.
02.(VUNESP/2009) Leia os textos seguintes.
Eu tenho savoir-faire, meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech, toda hora rola um insight
[...]
Minha vida agora é cool, meu passado já foi trash
Venha provar meu brunch, saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch, eu ando de ferryboat, beautifull!
(Zeca Baleiro, “Samba do approach”)
Associando-se os comentários de Nilce Sant’Anna Martins (Introdução à estilística) acerca dos estrangeirismos à presença de vocábulos estrangeiros nesses dois textos, é correto afirmar que tais vocábulos
(A) não foram empregados com valor expressivo, já que se trata do intercâmbio natural do português com duas línguas importantes: o inglês e o latim.
(B) foram empregados com valor expressivo, para ironizar, respectivamente, a incorporação de palavras do inglês nos usos da língua materna e o emprego indiscriminado do jargão, por quem desconhece o latim mas com ele exibe status.
(C) foram empregados expressivamente nos dois textos, como sinal de status do falante, como imitação reverente da linguagem tradicional das ciências.
(D) não foram empregados com valor expressivo, nos dois textos, pois se trata, num e noutro caso, de usos já incorporados à fala cotidiana, em diversas situações de fala.
(E) foram empregados com valor expressivo, para garantir a modernidade da fala; o inglês como integrante da formação cultural do artista e o latim como fundamento do
saber do operador do direito.
GABARITO
01 - E
02 - B
02 - B
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