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Texto na íntegra |
uma das tarefas primordiais do professor é
(A) trabalhar a consciência dos educandos para a importância e o reconhecimento dos saberes clássicos visando à ascensão social.
(B) organizar o seu tempo didático para que os educandos tenham acesso a maior gama possível de conhecimentos de mundo.
(C) organizar atividades em que os alunos precisam explicitar aos colegas as estratégias que eles usaram para encontrar as respostas de um determinado problema.
(D) trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognoscíveis.
(E) criar situações didáticas de compreensão e ação sobre o objeto ou conteúdo referente ao tratamento da informação.
02. (VUNESP/2014) Os profissionais do ensino sempre se defrontam com questões relativas à liberdade e à autoridade durante as aulas ou no uso de outros espaços da escola. Paulo Freire (2011) nos traz um exemplo de um professor jovem, que se dizia constrangido por “ter se oposto a que aluno de outra classe continuasse, na porta entreaberta de sua sala, a manter uma conversa gesticulada com uma das alunas. Ele tivera, inclusive, que parar sua fala em face do descompasso que a situação provocava”. Para Freire, a decisão do professor
(A) foi autoritária, pois a liberdade dos alunos deveria estar acima de qualquer limite e não poderia ser castrada ou asfixiada. Ao professor, caberia aguardar o término da conversa para prosseguir a aula.
(B) atrapalhou o clima da aula, uma vez que houve a imposição de limites à aluna da classe e ao aluno que gesticulava, além do medo do professor de transformar a liberdade em licenciosidade.
(C) foi de autoridade e não autoritária, pois licencioso seria se tivesse permitido que a indisciplina de uma liberdade mal centrada desequilibrasse o contexto pedagógico, prejudicando a continuidade da aula.
(D) impediu a aprendizagem dos limites da liberdade assumida eticamente, porque o professor deixou de ser democrático e manteve uma atitude intolerante e sem a compreensão das necessidades dos jovens.
(E) foi inadequada por expor publicamente os dois alunos a uma situação de constrangimento, e, mais,
não se aprende a ter liberdade sem vivê-la com o mínimo de limites e interferências possíveis.
03. (VUNESP/2014) De acordo com o art. 2.º da Resolução SE n.º 02/2012, alterada no seu art. 4.º pela Resolução SE n.º 44/2012, os estudos de recuperação incluem a recuperação contínua e a recuperação intensiva. Em uma escola pública de ensino fundamental e médio, alguns professores de classe ou de disciplina com os respectivos professores auxiliares trabalham essas formas de recuperação a partir das contribuições de Paulo Freire em A Pedagogia da autonomia. Nesse sentido, atuam acertadamente, quando
(A) insistem em cópias e repetições de definições e fórmulas corretas introduzidas pelo professor da classe
ou disciplina, para que os alunos fixem o que ainda não dominaram.
(B) apresentam aos alunos os conteúdos dos quais eles precisam se apropriar, trabalhando sua curiosidade
epistemológica e insistindo na eliminação das percepções construídas no cotidiano.
(C) apresentam discursivamente os conteúdos a serem aprendidos, exigindo que os alunos não os interrompam em sua exposição, pois só assim poderão reproduzir conteúdos em provas.
(D) partem das experiências que os alunos já trazem de sua realidade pedagógica e social, possibilitando-lhes a passagem da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica.
(E) buscam eliminar a curiosidade ingênua dos alunos, pois ela impede o avanço em direção à curiosidade
epistemológica, o que requer contínuo reforço teórico conceitual.
GABARITO
01 – D
02 - C
03 - D
6 comentários:
A QUESTÃO 1 ESTÁ CORRETA?? EU PENSO QUE O ITEM CORRETO É A ALTERNATIVA E, NÃO SERIA?
Olá Arlindo! Realmente a questão confunde um pouco, mas na frase "o educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão" completa a ideia de que uma das tarefas primordiais do educador é trabalhar com seus educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar aos conhecimentos adquiridos.
Espero ter ajudado.
Bons estudos!
- Caí nessa também.
Também acreditei que a resposta E seria a mais adequada à questão 1.
Em que a resposta E está errada?
Creio que não esteja incorreta, mas não completa adequadamente o pensamento de Freire sobre essa questão em "Pedagogia da autonomia..."
Também caí na peladinha da questão 1, tinha certeza que a alternativa correta fosse a É, as outras acertei todas.
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