Resumo |
Em conformidade com Cortella (2011), pode-se afirmar corretamente que a maioria dos professores é adepta do
(A) pessimismo ingênuo, pois afirma que todos os conflitos da escola são decorrentes da pobreza dos alunos. Nessa concepção, nem tudo está perdido porque os múltiplos programas sociais são intervenções que podem superar a desigualdade nas escolas e permitir o desenvolvimento pedagógico de seus alunos.
(B) otimismo crítico. Nessa concepção, a educação escolar tem uma autonomia e uma determinação relativas e sua prática se dá nessa contradição, podendo aprofundar a desigualdade social com o fracasso escolar ou combatê-la com o sucesso escolar.
(C) otimismo crítico, pois afirma a possibilidade da transformação radical das condições da educação esco-
lar, se o governo pagar melhor os professores e estes estiverem convencidos de sua nobre missão: a
de salvar a sociedade por meio da educação.
(D) otimismo ingênuo. Nessa concepção, a educação escolar não consegue eliminar a desigualdade social, mas entendem que, alfabetizando e educando os alunos, ela conseguirá instrumentalizá-los para vencerem individualmente os obstáculos a serem enfrentados e tornarem-se cidadãos bem sucedidos.
(E) pessimismo ingênuo, na medida em que descreem de quase tudo que possa ser feito pela educação escolar do jeito que ela está, mas, ao mesmo tempo, acredita que cabe à educação recuperar seu papel de salvadora da sociedade, recrutando mestres com verdadeira vocação.
02. (VUNESP/2014) Mario Sergio Cortella, em sua obra A Escola e o Conhecimento, afirma que no fracasso escolar, que ele chama de “pedagocídio”, há, usualmente, causas extraescolares que são reais e importantes, como precárias condições econômicas e sociais da população, formação histórica colonizada, poderes públicos irresponsáveis ou atrelados aos interesses de uma elite predatória, e outras. Entretanto, as causas extraescolares não são as únicas, pois existem causas intra-escolares. Se desejarmos explorar os espaços nos quais nossa autonomia relativa rejeite concretamente a manutenção de uma realidade injusta, deveremos considerar também que
(A) o aluno, com suas atitudes de desorganização e desrespeito aos professores e aos pais ou responsáveis, acaba se tornando o causador do próprio fracasso escolar e insucesso na vida.
(B) a grande responsável pela precária aprendizagem dos alunos é a progressão continuada, pois os estudantes são promovidos para os anos seguintes sem que dominem os conteúdos básicos do ano que
cursam.
(C) precisamos nos debruçar sobre as causas intra-escolares daquele fracasso, entre as quais se incluem o uso não-reflexivo e acrítico dos livros didáticos e a seleção de conteúdos excessivamente abstratos, que não se integram.
(D) diretores despreparados agravam o fracasso escolar ao abandonarem a maioria dos professores no exercício de suas práticas educativas, permitindo que sejam apoiados pelos colegas mais experientes.
(E) cabe exclusivamente à família educar seus filhos em atitudes e valores, para que aproveitem os conteúdos oferecidos pela escola no cumprimento de sua função social, prevenindo, assim, o fracasso escolar.
GABARITO
01 - B
02 - C
Um comentário:
Você fara um desse para agora?
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