A apreensão do mundo é sempre situada historicamente, porque o sujeito está sempre em relação com outro(s). O sujeito vai constituindo-se discursivamente, apreendendo as vozes sociais que constituem a realidade em que está imerso, e, ao mesmo tempo, suas inter-relações dialógicas. (Fiorin, 2006)
Resumindo o que foi dito até aqui nesta seção: a capacitação especificamente humana para a linguagem habilita as crianças a providenciar instrumentos auxiliares na solução de tarefas difíceis, a superar a ação impulsiva, a planejar uma solução para um problema antes de sua execução e a controlar seu próprio comportamento. Signos e palavras constituem para as crianças, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de uma forma nova e superior de atividade nas crianças, distinguindo-as dos animais.
(Vygotsky, 2007)
Levando em consideração concepções de Vygotsky e de Bakhtin (Fiorin, 2006), a Pedagogia HistóricoCrítica, explicitada por Saviani (2010), adota um método didático que
(A) envolve os estudantes nos problemas da prática social da comunidade, relaciona-os com os conteúdos do programa da série e propõe com fartura exercícios de aplicação dos conhecimentos adquiridos em situações da vida cotidiana.
(B) parte da experiência individual dos sujeitos envolvidos na relação pedagógica e relaciona-a com os conceitos-chave da programação oficial, orientando os estudantes a questionar a realidade na busca da conquista de seus objetivos e metas pessoais.
(C) parte da prática social dos sujeitos envolvidos na relação pedagógica, problematizando-a, instrumenta teoricamente os estudantes para sua análise e retorna à prática social, potencialmente transformada pela incorporação do conhecimento construído.
(D) parte dos conhecimentos historicamente construídos, presentes na programação escolar, e envolve os pais e a comunidade para definir os projetos didáticos, tendo em vista que a prática social da comunidade deve ser beneficiada pelo trabalho educativo da escola.
(E) parte do conhecimento do professor, a respeito de seu componente curricular, e relaciona-o com interesses da faixa etária dos estudantes e com demandas da realidade imediata em que estão inseridos, com vistas a cumprir a função social da escola.
GABARITO
01 - C
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